Vestido cor de rosa para um Verão Azul

23.7.18

Este foi, provavelmente, um dos Invernos mais longos de que me lembro. Especialmente porque foi o primeiro que passámos longe da casa que nos viu crescer enquanto família. Não foi mau, foi até bastante compensador mas foi, sem dúvidas, povoado por saudades deste nosso jardim com som e cheiro a mar. Foi já a pensar nele - neste Verão - que comecei a tricotar este vestido para mim. Usei este modelo que andava a namorar no IG porque antecipava um trabalho relativamente fácil e rápido com um bom resultado. Não me enganei. Usei a mesma cor que tinha usado para a camisola da Isabel     e mesmo recorrendo a um fio mais grosso, trabalhei com fio duplo conforme o recomendado. Ainda andei ali um bocadinho às voltas com as instruções porque interpretei mal as diminuições mas depois de entrar no esquema foi sempre em frente. Literalmente. É um vestido que se faz naquelas horinhas da noite de televisão durante uma semana (para fazer com calma...).
Usei-o pela primeira vez para um jantar em casa de amigos para onde levei três filhos e de onde voltei com uma. Os rapazes ficaram lá a dormir com os amigos, naquela excitação da primeira noite fora de casa. E eu que estou por aqui sozinha com eles - enquanto o André está em Lisboa até aos nossos dias de férias em família - agradeci a noite dedicada a uma única filha apesar de ter regressado a casa com uma espécie de desorientação. Mas eles gostaram de tal maneira que se prevê que não seja vez única neste Verão.
Por isso este está a ser uma espécie de Verão Azul. Os dias em que trocam de calões de banho molhados, por calções secos para o pijama. Os dias de mergulhos, amigos, casa da árvore e noites que começam no sofá onde adormecem por cansaço.
Este Verão vai chegar ao fim mas as memórias que vai deixar, não.

E sim, adorei o meu vestido, e é um daqueles projetos a repetir!

Em ponto pequeno...

2.7.18

Já tinha este modelo de camisola debaixo de olho há meses. Estava guardado nos ficheiros à espera de ganhar coragem para começar. Li e reli as instruções e apesar de ter uma construção relativamente fácil, seguia um alinhamento que não estou habituada a fazer e implicava a utilização de algumas técnicas que nunca tinha usado como o tricot com quatro agulhas ou a construção "bottom up" que significa uma inversão no sentido que habitualmente uso.

Não vou dizer que seja um modelo difícil de fazer porque não é. Este efeito "rendado" consegue-se facilmente a partir de aumentos e diminuições nas diferentes carreiras e cria uma espécie de estampado que é o toque especial da camisola. Mas é um modelo que requer atenção quando se faz porque implica a contagem dos pontos e essas minhas distrações levaram-me a desfazer o trabalho. Mais que uma vez. Ainda assim, não é uma camisola difícil de fazer, antes pelo contrário. Mas enquanto me lembrar do trabalho que me deu..... :D

Usei um fio de algodão que comprei nos Tricots Brancal e gastei menos que uma meada. Escolhi o rosa apesar de não ser cor que a Isabel habitualmente use - porque eu ainda me sinto muito inclinada para as cores mais de rapazes - porque gostei do tom seco e achei que ia ficar bem. Não me enganei. Estreou a camisola no fim de semana e sujou-a logo, claro, porque os irmãos deram-lhe um restinho de gelado e ela nem pestanejou. 

E de repente olho para esta menina, já com a mania de ser tão senhora do seu nariz e penso que não sei para onde o tempo voou. Penso nisso e na tristeza que é ver começarem a ficar pequenos estes sapatos de que gosto tanto. O tempo está a voar, temos mesmo que aproveitar.

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