Para toda a família...

30.6.15
Se os meus filhos pudessem escolher o que comer todos os dias diriam certamente massa com molho de tomate. Adoram e é o prato que comem melhor. Um dos maiores desafios da nossa correria do dia a dia é conseguir encaixar no meio de tudo, tempo para cozinhar bem e com a calma que este "bem" requer. Acredito que todos temos esta preocupação de comer da melhor forma e sobretudo de ensinar e habituar os nossos filhos com os melhores hábitos que possam depois levar pela vida fora. Sem fundamentalismos claro porque acredito que há espaço para tudo.

Uma das receitas de maior sucesso lá em casa para o molho de tomate foi tirada deste livro que tem imensas ideias simples e deliciosas para aproveitar o que as nossas hortas (ou mercearias) nos vão dando de acordo com a estação do ano.

Como tínhamos uns tomates lindos e maduros que o nosso vizinho nos tinha oferecido da horta dele aproveitei e fiz esta receita:

800g de tomate maduro
2 cebolas
1 dente de alho
40 ml Azeite
Flor de Sal e Pimenta

Preparação: Picar a pimenta e alho e levar a alourar numa frigideira grande com 120ml de azeite e juntar depois o tomate picado (descascado e sem sementes) reduzindo a temperatura. Deixar cozinhar sem tampa em lume brando durante cerca de 45 mnts para o tomate ir soltando o seu suco. No final adicionar flor de sal e pimenta moida na hora.

No final podem juntar mangericão ou oregãos frescos que fica delicioso!

Lá em casa é um sucesso e quando fazemos para eles comemos sempre também!

Viajar com crianças...

29.6.15

Não que sejamos nenhuns especialistas na matéria - nada disso - mas porque habitualmente nos perguntam sempre como fazemos, achei que seria uma boa ideia partilhar aqui algumas dicas dos pequenos truques que fomos aperfeiçoando quando viajamos com as crianças. Como as nossas famílias vivem a uma viagem de avião de distância sempre os habituámos a viajar mas na verdade o maior desafio está na viagens mais longas e como também essas, tivemos que começar a fazer quando o Manuel tinha menos de 3 meses....bom... fomos desconstruindo a complicação.

Achei que seria útil partilhar aqui alguns truques para os bebés dos 0-4 anos. Basicamente, a nossa experiência. Espero que gostem!

1. Aterragem e descolagem: Os bebés, especialmente quando mais pequenos, podem sentir-se incomodados com a pressão do avião nos ouvidos, especialmente na aterragem e descolagem. Apesar de nenhum dos nossos ter estes problemas sempre tentámos prevenir algum incomodo dando um biberão ou pondo a chucha nestas fases. A sucção ajuda a diminuir aquela sensação de pressão nos ouvidos e eles ficam mais distraídos se estiverem a fazer alguma coisa.

2. Diversão no avião: Um dos maiores receios antes de cada viagem mais longa é como passar o tempo no avião. Sinceramente, quando há escolha, acho que os horários da noite (red eye flight) são melhores porque apesar de nós mal conseguirmos dormir, eles por norma, dormem as horas seguidas. Mas claro que vamos sempre munidos de acessórios para entreter o tempo que estão acordados e em que querem brincar. O iPad é por norma um salvador durante um bom tempo especialmente porque não o costumam usar no dia a dia. As apps que temos mais usámos nesta viagem e de que os dois mais gostaram, foram as da Lego. Fizemos download de algumas da Lego City e outras da Lego Duplo e não se cansaram delas. A Fisher Price também tem algumas óptimas, especialmente para a idade do Joaquim.
Mas a verdadeira descoberta desta viagem que os entreteve durante mais de 1h30 foi este jogo de moldar. Para pais, como nós, que tenham noção (e medo) de toda a confusão em torno da plasticina normal, esta é a solução. Não se desfaz, não cola na roupa e vem com uma série de acessórios perfeitos para desafiar a imaginação dos mais novos (e não só, eu e o André também adorámos fazer os animais). Quando a virem à venda, não hesitem.
Outro hábito que tenho é o de levar algumas pequenas surpresas e brinquedos em caso de emergência. Se estão muito irrequitos ou desanimados tenho sempre alguma surpresa (que pode ser um carrinho ou qualquer coisa assim que ocupe pouco espaço).
Livros de colorir, com autocolantes ou modelagens em papel também são sempre um sucesso.

3. Comida: Se há uma coisa que pode perfeitamente arruinar um bom dia de férias é a fome. É muito difícil manter a boa disposição de barriga vazia e já sabendo isso, este é um campo em que dificilmente nos apanham desprevenidos.
Para o avião, para os miúdos, levo sempre a refeição completa. Tento fazer uma coisa prática de comer e que não ocupe muito espaço. Depois levo sempre algumas coisas com que não estejam a contar como uns pacotes de sumo ou leite de sabor ou umas gomas (usamos sempre as sem açúcar que eles adoram).
Mas também nas cidades temos este hábito. Porque muitas vezes eles adormecem - e nós temos oportunidade de fazer uma espécie de almoço romântico!! -  e assim quando acordam paramos num jardim e fazemos uma espécie de piquenique. As massas frias são sempre uma óptima opção. Também gostamos sempre de levar uvas, maçãs às rodelas ou bananas que eles adoram e são práticas para comer. Aproveitamos e no carrinho deles levamos também sempre umas bolachas ou cereais que ajudem a entreter se por acaso estivermos com dificuldade em encontrar um sítio onde comer.
Quando eram mais pequeninos e ainda comiam apenas sopa o que fazíamos em todas as viagens era levar um saco térmico com doses individuais de sopas congeladas que nos dessem para assegurar as refeições até estarmos num sítio que nos permitisse fazê-las. Os sacos térmicos na bagagem de porão sempre nos permitiram que chegassem ao destino congeladas.

4. Arrumação: Uma das partes que menos gosto nas viagens são as malas. Quando não ficamos num sítio tempo suficiente que justifique desfazê-las mas ao mesmo tempo ao fim de 1 dia estão totalmente de pernas para o ar. Bah. Há já algum tempo que começámos a usar estes sacos e acreditem quando vos digo: foram a salvação. Tudo o que vai, vai arrumado em sacos: roupa de cada um, roupa interior, camisolas, pijamas. Quando chegamos aos sítios nem precisamos de gavetas nem armários. E está tudo sempre arrumado. O paraíso das viagens, acreditem.


5. Carrinho: Com a chegada do Joaquim nem pusemos outra opção que não fosse um carrinho duplo. Ainda hoje no dia a dia o Manuel usa muito o seu lugar e em viagem então, este carrinho é uma espécie de salvação. Só assim conseguimos andar e fazer a maioria das coisas que temos planeadas. Quando eles adormecem deitamo-los, cobrimo-los com o swaddle e aproveitamos para fazer qualquer coisa a dois. Um almoço, um refresco, ou uma paragem numa loja. Qualquer uma daquelas coisas que à partida sabemos que, com eles, pode ser mais desafiante. Nestas últimas férias aconteceu algumas vezes e de repente parecia que estávamos sozinhos de férias,  a almoçar calmamente e a beber um copo de vinho, a conversar sobre a vida e os planos... Não acontece com frequência e portanto quando a oportunidade aparece....!
Muitas vezes perguntam-me pelo carrinho no avião. A maioria das companhias permite que o levemos até à porta e é entregue no destino também à saída do avião. Para viagens mais longas aconselho a que ponham as cadeirinhas embaladas em sacos grandes (basta levar aqueles sacos do lixo grandes) que assim sabem que chegam limpas. Já nos aconteceu partirem a estrutura do carrinho (curiosamente num voo mais curto para o Porto) mas pagaram o prejuízo na integra por isso, da nossa experiência, todo este processo funciona muito bem para nós.

6. Tempo: Para quem, como nós, estava habituado a ir para o aeroporto em cima da hora, muito muda. O ideal será ir com tempo de manobra para possíveis imprevistos e para que se possa "perder" algum tempo com os miúdos nos parquinhos a brincar, comer e usar o quarto de banho antes da partida. Eles não vão gostar especialmente da viagem de avião - pôr o cinto pode ser um filme, terem que ficar sentados com o cinto posto por tempo indeterminado também - e por isso mais vale que se divirtam um pouco antes do embarque.

7. Descomplicar: Fizemos a primeira viagem longa com o Manuel quando ele tinha três meses. Era Janeiro, nevava nos Estados Unidos e para além da viagem de avião íamos ter que fazer uma viagem de carro de 4h30. Acho que foi a partir deste momento que nos apercebemos que o grau de dificuldade de viajar com bebés dependia sobretudo da nossa capacidade de descomplicar.
Mudámos fraldas nos sítios mais improváveis, improvisávamos camas e barreiras quando não tivemos berços e aprendemos que o melhor truque para o leite em pó é usar água natural desde o início. Assim habituam-se e não temos que andar a correr para tentar encontrar um sítio onde aquecer o leite.

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8. Malas: Ao longo do tempo e das viagens fomos aperfeiçoando as malas com que preferimos viajar. As malas rígidas, para nós, estão postas de parte. Viajamos habitualmente com sacos deste género que têm rodinhas e por isso são fáceis de manobrar mas que sendo moles nos permitem uma melhor acomodação dos nossos sacos de arrumação. Têm também ainda a (grande) vantagem de serem melhores de arrumar nas bagageiras dos carros (com um carrinho duplo este ponto pode ser um enorme desafio, acreditem em mim). Há uns anos descobrimos também estas mochilas que para além de usarmos diariamente para os computadores são óptimas para levar em viagem porque para além de serem leves e pequenas têm muito espaço para arrumação. Nesta última viagem levei também um saco maravilhoso que comprei n´Armário  e que o André disse que tinha sido a melhor compra dos últimos tempos. É enorme e permitiu-nos levar tudo o que precisávamos ter à mão na viagem de avião. Dividi tudo em sacos e depois era só uma questão de tirar os sacos que precisava. É tão leve que também dá perfeitamente para usar no dia a dia a fazer km´s de passeio enquanto visitamos as cidades.

9. Roupa: No nosso dia a dia tenho sempre à mão uma muda de roupa para cada um deles porque os meus filhos são daqueles que em três segundos de distracção me aparecem ensopados porque quiseram, por exemplo, lavar as mãos. Numa viagem longa levo sempre 3 mudas de roupa para eles. Roupa leve e prática que não ocupe muito espaço mas que evita que seja um momento de stress aquele em que derramam o copo de água do avião em cima deles porque quer dizer.....estávamos só a brincar mãe.

10. Onde ficar: Quando viajávamos só os dois eu procurava sempre hotéis pela sua localização. E se com miúdos a localização continua a ser importante, a verdade é que começámos a preferir ficar em casas em vez de hotéis. Não ficam confinados a um quarto e permite-nos manter as nossas rotinas ao mesmo tempo que nos deixa descansar à vez enquanto eles se adaptam aos fusos horários. Já usámos várias vezes esta rede e nunca correu mal. 

Espero que tenha ajudado! Se tiverem mais sugestões partilhem!

26.52

26.6.15
26_52_M 26_52_J O Manuel com os seus óculos da água como lhes chama, que diz que lhe dão super-poderes. Nós concordamos. O Joaquim com o seu sorriso malandro de quem nos leva sempre na cantiga.

Brooklyn...

25.6.15
DSCF0347 DSCF0350 DSCF0351 DSCF0352 DSCF0354 Sempre que temos ido a Nova Iorque tentamos ir a Brooklyn. Das primeiras vezes íamos só a Williamsburg mas desta vez aventurámos-nos um pouco mais longe. Williamsburg é uma espécie de meca de novos artistas e gente cheia de pinta que parece viver num filme.
Tentamos sempre ir ao fim de semana para apanhar o flea market à beira rio onde de ano para ano se come cada vez melhor. Encontram-se sempre pequenos achados e a minha vontade era pegar num contentor a trazer as tantas peças de mobília que por lá se encontram a preços fantásticos. Resisti a quase tudo mas acabei por comprar uns sapatos vintage para mim. Eu e botins vermelhos, temos uma espécie de ligação especial, não sei o que vos diga.
Um outro sítio onde paramos sempre é o Artists and Fleas que é só um pequeno paraíso com criadores handmade, peças vintage de perder a cabeça. Enfim. E agora descobri que a maioria deles têm loja online. Bom. Adiante.
Aqui e aqui podem ver as nossas visitas anteriores a Williamsburg.

*aviso à navegação: este post tem uma quantidade obscena de fotografias porque esta autora tem uma incapacidade inata para escolher e seleccionar. 
DSCF0508 DSCF0510 DSCF0516 DSCF0524 DSCF0531 DSCF0535 Viajando com crianças pensamos sempre em programas para eles. É a única forma de conseguirmos depois fazer alguma coisa que gostemos e de os convencer a alinhar. Da última vez já tinhamos levado o Manuel a este museu de crianças e ele tinha adorado e desta vez resolvemos ir conhecer o Brooklyn´s Children Museum e foi o paraíso. É um museu enorme com um sem número de actividades para várias idades. Pequenas lojas para fazerem de conta que são merceeiros, cozinheiros. Fatos de carnaval para experimentarem, espaços para serem agricultores, pescadores, cientistas. Tudo metendo as mãos na massa como se diz, porque é o que eles realmente gostam. Passámos lá uma manhã e eles saíram de lá prontos para nos acompanhar a uma visita ao Brooklyn Botanic Garden.
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Apanhámos dias de calor intenso e nesta visita pelo jardim fomos aproveitando as sombras. esta fotografia destes três encheu-me as medidas. Os melhores companheiros de viagem de sempre.
O Brooklyn Botanica Garden é um espaço de sonho. Perfeito para nos perdermos por umas horas nos vários espaços que vamos encontrando. Jardins japoneses, campos de cerejeiras e pequenos canteiros com hortas fizeram as nossas delícias.
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New Buffalo...

22.6.15
DSCF0183 DSCF0346 DSCF0205 DSCF0269 DSCF0272 DSCF0273 DSCF0275 DSCF0279 DSCF0283 DSCF0284 DSCF0286 DSCF0294

New Buffalo foi seguramente a maior surpresa destas férias. Quando começamos a esboçar os nossos dias achámos que tínhamos tempo para, entre Chicago e Nova Iorque, tirar uns dias de puro descanso das grandes cidades. Como Chicago fica à beira de Lake Michigan começámos a procurar pequenas cidades não muito longe para podermos simplesmente, não fazer nada.
Sempre que temos oportunidade preferimos passar as férias em casas em vez de hotéis. Com os miúdos acaba por ser muito mais fácil e permite-nos ter a nossa rotina sem estarmos confinados a um quarto.
Já em Chicago tínhamos conseguido uma casa gira num bairro encantador mas esta "nossa casa" de New Buffalo foi o sonho. Tudo era perfeito, da própria casa ao jardim de sonho passando pela localização. Os miúdos deliraram e nós aproveitámos todo esse entretenimento para relaxar.

25/52

19.6.15
DSCF0395 DSCF0424 Depois de um intervalo, aqui estamos de volta ao projeto 52. Eram tantas as fotografias que tive dificuldade em escolher mas gostei destas expressões. Gosto sempre. Gosto tanto.

Chicago...

18.6.15
DSCF0111 DSCF0112 DSCF0118 DSCF0130 DSCF0138 DSCF0142 DSCF0144 DSCF0146 DSCF0150 DSCF0153 DSCF0158 DSCF0161 DSCF0163 DSCF0171 DSCF0174 Chegámos. Uma parte de nós queria ter ficado nestas férias para sempre. Uma grande parte de nós. Para os miúdos foi um paraíso. A começar por esta possibilidade de estarmos os 4 juntos durante todo o tempo e a terminar nos parques infantis por onde passámos e nas coisas que fizemos.
Nestas nossas férias rumamos novamente aos Estados Unidos. É um país de que gostamos particularmente apesar de reconhecermos que temos que fazer uma pausa neste nosso destino (mas não resistimos há qualquer coisa que nos atrai e nos faz sempre voltar). Das primeiras vezes que fomos em família foi por obrigação porque o Manuel foi lá operado mas depois começámos a voltar só porque sim e porque o André tem família em NY e sabe sempre bem visitá-los.
De cada vez que temos ido temos tentado visitar novas cidades e desta vez escolhemos Chicago. Íamos com grandes expectativas e deixem que vos diga que - apesar da chuva e do frio nos primeiros dias - a cidade conseguiu superá-las a todas:
Paisagens urbanas de perder a cabeça e um parque gigante ali mesmo no meio;
Um dos melhores museus que já visitámos;
Um cais com parque de diversões tirado de um filme;
Aproveitámos estes primeiros dias de férias para fazer tudo calmamente e entrar no novo fuso horário sem grandes pressões. A verdade é que estes miúdos nos surpreendem a cada dia, adaptaram-se perfeitamente e ao segundo dia já andávamos todos no horário de Chicago.


Um dos pontos altos para estes dois foi mesmo a visita que fizemos ao quartel dos bombeiros. O delírio, deixem que vos diga. A cereja no topo deste bolo foi termos apanhado o carro a chegar com todas as luzes e sirenes. Ao que parece é muito comum as crianças visitarem estes quartéis e os bombeiros são muito simpáticos e deixam-nos entrar no carro, subir as escadas e acharem que eles também fazem parte da equipa. Um sonho, portanto.

Se quiserem espreitar algumas das nossas viagens anteriores aos Estados Unidos vejam aqui: Boston e Providence, Plymouth, Philadelfia, Baltimore, ou, se tiverem curiosidade, espreitem no separador Viagens onde temos outras para além destas.

Espero que gostem!

*No Instagram encontram mais momentos das nossas férias!

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