Maio. O mês e algumas ideias soltas

25.5.15
DSCF9891DSCF9896 DSCF9901 DSCF9904 DSCF9905 DSCF9929 DSCF9984 DSCF9996 Maio é o mês que nos traz piores memórias. Às vezes passa a correr e por entre os dias vamo-nos conseguindo esquecer disso e permitindo-nos saborear os dias quentes sem pensarmos muito nos dias tristes que este mês nos trouxe nos últimos anos.

Claro que depois temos estes sorrisos. Estas gargalhadas sonoras que nos fazem rir por contágio. As conversas cada dia mais elaboradas. Um exemplo. Na semana passada, na escola, o Manuel informou que o Dr. Carlos (especificando que não o avô, outro), o cientista, tinha dito que ele não podia comer cenoura. E já agora também não precisava de comer tomate e alface. E disse assertivamente com um: verdade meio cantado no fim. Ele faz isso quando nos está a tentar dar a volta. Diz-nos um - verdade - assertivo mas meio cantado. Denuncia-o logo.

Lá em casa à hora de adormecer temos um novo jogo. Eles não fazem ideia de que eu sei já que quando sentem os meus passos a aproximar-me do quarto atiram-se para a cama e fingem que estão a dormir. Até o Joaquim. Não entendo bem como é que uma criança que diz umas 3 ou 4 palavras já é tão experiente nesta arte. Adiante. Deito os dois ao mesmo tempo, beijinhos e doces sonhos e mal viro as costas começo a ouvir gargalhadas e provocações. Depois começa o jogo do Joaquim atirar a chucha e só ouço os pezinhos do Manuel a correr de um lado para o outro para a ir buscar e entregar. Deita-se e começa tudo outra vez. Deixo-os andarem nisto uns bons 15 minutos altura em que me faço de surpreendida e digo que acabou a brincadeira. E lá adormece. O Joaquim não sem antes tirar toda a roupa que conseguir. Normalmente por esta ordem: meias, calças, soltar o body interior e, mais recentemente, tirar a camisola. Já o apanhei a tentar tirar também a fralda e acho que mais dia menos dia vai ser bem sucedido. Quando adormecem lá vou ao quarto e visto-o novamente. Todas as noites.

Ultimamente tenho feito o exercício da desconstrução da força. Explico. Resolvi (finalmente dirão lá em casa) que não é mau pedir ajuda. Que não é mau chamar a babysitter para uma tarde no fim de semana quando estou sozinha para ter umas horas para fazer o que bem entender. Um mergulho no mar. Uma ida ao cinema. Às vezes sinto-me cansada e aprendi que é normal e que não há nada mal comigo por causa disso.

21.52

22.5.15

Aviso à navegação: a fotografia desta semana semana é uma batota. Das grandes. Senão, vejamos: Não fui eu que a tirei, foi a Joana; não foi tirada esta semana, tem na verdade algumas semanas e foi tirada quando fui apresentar um livro da Maria; não é uma fotografia com os dois protagonistas do costume, tem dois penetras.
Feito o mea culpa:
Esta semana, estas duas últimas semanas na verdade, têm sido de correria. Daquelas, mesmo grandes. Para ajudar à festa o pai está fora e a máquina fotográfica está sem bateria. Na verdade todos os tempos livres que tenho tido com estes dois meninos têm sido aproveitados ao máximo e entre as corridas e as gargalhadas tem sobrado pouca vontade para tirar fotografias.
Depois, quando vi esta fotografia (tinha-me passado despercebia mas a minha amiga Inês avisou-me e a Joana teve a amabilidade de me enviar uma cópia) ri-me sozinha. Na verdade foi um caos. Como era o lançamento de um livro infantil achei que seria giro levá-los mas o fim de tarde é sempre um momento de energia extra para estes dois e eles não se coibiram de o demonstrar. E eu tinha um livro para apresentar. Bom. Ri-me quando vi a fotografia porque acho que ela à primeira vista mostra uma tranquilidade....que não existiu. O Manuel estava contrariado sem perceber porque é que não podia tirar todas as almofadas de t-o-d-o-s estes sofás (e espalhar a areia que estava em cima de uma das mesas) e o Joaquim estava pela 739264 vez a tirar os sapatos e meias e na fotografia está com este ar de surpresa de "já posso continuar?!". Mas depois veio a Joana e captou este momento cheio de luz que durou uma espécie de nanosegundos e em que parece que o mundo congelou.
Mas esta é capaz de ser uma das minhas fotografias preferidas porque é tudo mesmo assim cheio de movimento, caótico algumas vezes mas sempre com um sorriso porque não saberíamos fazer de outra maneira. Obrigada Joana.

20.52

15.5.15
DSCF0104 DSCF0096 Que dois, é o que tenho para vos dizer, que dois....

Finalmente, diria o Manuel...

12.5.15
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O Manuel passou um ano a falar em voltar a ver as cabrinhas e as vaquinhas do primo Paulo. Já tínhamos voltado à terra do avô mais do que uma vez mas sempre com um frio que nos fazia ficar mais em casa e com pouca vontade de ir apanhar chuva. Mas desta vez não havia desculpa e lá fomos nós, mais do que uma vez, para delírio destes meninos.
Desta vez andaram de tractor, viram os os coelhinhos acabados de nascer e os pintainhos ainda a sair dos ovos. Tudo isto para além dos porcos, vacas, cabras e cabritinhos, patos e gansos. Um paraíso para estes dois que anseiam sempre por estar mais fora que dentro, mais sujos que limpos, mais físicos que teóricos.
Ontem conversava com o André sobre esta felicidade que é vê-los a correr sem medo e a dar gargalhadas com brincadeiras aparentemente banais. Não são os meninos mais calmos, é verdade. Raramente os conseguimos sentar calmamente a uma mesa e quando queremos que façam alguma coisa temos que pedir quase até à exaustão.  Não dizem os nomes dos rios nem dos planetas mas são mesmo felizes e não há nada que me encha mais de orgulho do que estar a educar dois meninos assim.

19.52

11.5.15
DSCF9982 DSCF9993 DSCF9987 Não tenho grandes dúvidas de que, para estes dois, a vida é uma festa...

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