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O Lado B da maternidade...

10.4.14
o lado B.jpg Esta semana, aqui por casa, temos andado mais pelo lado B da maternidade. Sabem quando tudo pende para esse lado por mais que tentemos mudar a K7 para o lado A? Sem dramas, naturalmente, a maternidade e a vida já agora, não seria real sem o lado B. Mas há dias em que parece que tudo acontece e o melhor mesmo é rir das situações.
Num destes dias vomitaram-me em cima 2 vezes. Primeiro o Manuel, com um ataque de tosse, em cima das calças. Troquei de roupa. Depois o Joaquim, com um ataque de tosse, numa pontaria de fazer inveja a qualquer atirador olímpico, para dentro da minha camisola.
No dia seguinte, ao almoço, o Joaquim espirrou durante a sopa. De beterraba. Claro que quando acabou já nem me lembrava disso e não me lembrei durante a tarde (não, não me olhei ao espelho) e fui à escola buscar o Manuel. Com salpicos já secos de beterraba na camisola. No cabelo. Na cara.
Tenho a sensação que aproveito os tempos mortos para, com as unhas, descolar salpicos secos de comida da minha roupa (por favor digam-me que isto também vos acontece!) e sempre que o faço tento convencer-me que quando alguém me vê com a roupa suja ou o cabelo colado com comida, compreende perfeitamente toda a situação e até se sente solidário. Mas no fundo sei que não, que 95% das pessoas não conseguem ver tão além.
Há uns tempos atrás, num almoço na casa de uns amigos dos meus pais, estava a ajudar o Manuel a comer na sala (sozinhos) e caiu uma massa no chão. Não tinha nenhum guardanapo à mão e instintivamente peguei na massa e meti na boca no preciso momento em que passava a dona da casa que exclamou: Patriiiiicia! E eu, claro me encolhi de vergonha porque só nesse momento me apercebi do acto irreflectido mas repetido porque na verdade desde que fui mãe que muitas vezes me sinto como um aspirador, Mãe não qué más....a mãe comi... 
E não sei como é em vossa casa mas por aqui os despertares são tramados. Sim porque depois de noites a fazer travessias entre quartos e cozinha não consigo despertar de risco nos olhos e batom, impecavelmente arranjada (mas gostava, confesso...). Na verdade acordo despenteada e a maioria das nódoas negras que tenho nas pernas devem-se ao facto de demorar aproximadamente 7 minutos a conseguir abrir os dois olhos e a tentar fazer tudo com apenas um semi-aberto.
E vocês passam o tempo do lado A?

*e claro que a fotografia é tipo a minha 17ª tentativa de ter uma fotografia de nós todos juntos....

O Lado C e outros que tal....

26.6.16
Há pouco mais de dois anos (!!!) desabafei por aqui sobre o que era o meu Lado B da Maternidade e tenho vindo a descobrir que para além desse lado existem muitos outros que vamos descobrindo à medida que evoluímos neste maravilhoso mundo a que chamamos maternidade.
As últimas semanas têm sido...desafiantes, chamemos-lhes assim. Pensei que a chegada do tempo mais quente fosse aligeirar as disposições mas eis senão quando funciona exatamente ao contrário de qualquer expectativa. Com o pai fora por um período mais prolongado (três semanas que me estão a parecer um ano) claro que fica tudo muito mais difícil e claro que como qualquer boa lei de probabilidades desviada tudo o que puder acontecer durante esse tempo: vai acontecer. Eu devia ter visto que vinha aí qualquer coisa semelhante ao virar da esquina mas não consegui ter criatividade para tal.
Passada a otite inicial de um veio uma virose daquelas que causa vómitos sucessivos ao outro. Nada de novo até aqui. Já tinha experienciado o vómito direccionado (para dentro da camisola, para cima dos sapatos ou, quando corria bem, para o tapete roupa de cama ou madeira corrida do chão - o melhor cenário!). Desta vez e desculpem-me a imagem que isto possa causar, experimentei o vómito a jato direccionado. Para o meu rosto. Enquanto eu exclamava: - não!!! Podem imaginar no que deu? Claro que nada disso importa no momento e o que há a fazer é apanhar o cabelo, passar água no rosto com uma mão enquanto com a outra o lavava, deixando-o de molho no banho o tempo suficiente para mudar a roupa da cama e lavar o chão e pôr tudo pronto. Pronto para o segundo round. E depois para o terceiro. Tudo isto sem tempo para lavar aquele cabelo - aquele cabelo que levou com o jato. Nem as sobrancelhas. Ou orelhas. Ou os dentes (eu sei, que nojo pensam vocês, mas eu prometi a mim mesma que nada mais diria aqui do que a verdade). Eventualmente no avançar da noite lá consegui meter-me no banho mas durante todo o dia seguinte de cada vez que mexia no cabelo no trabalho sentia um aroma peculiar no escritório. Mas seria imaginação minha com certeza (assim rezava eu).
Ainda tive uns dias de descanso - a trabalhar, aquele descanso bom da maternidade em que conseguimos tomar um café calmamente apesar de passarmos o dia zombies enquanto analisamos 1001 relatórios e pareceres e outros que tal - antes da fase seguinte.
A fase seguinte é para mim, o pior de todos os cenários: quando nós próprias adoecemos.
E apanhei-a das fortes, deixem que vos diga. Uma gripe daquelas que me deixava com vontade de rastejar para um buraco e hibernar durante dias. Ou meses. É o pior cenário porque eles continuam cheios de energia. E há uma festa de final de ano na escola. Há um Mickey Mouse e um Speedy Gonzalez que precisam de roupas (e de um chapéu de mexicano!!) e que estão entusiasmados com o grande dia. E nada pára. E eu continuava com vontade de rastejar para um buraco que imaginava silencioso e suave como a minha cama.
No dia em que recuperas um bocadinho e já te consegues levantar da cama tens o mais novo a apontar para a boca a dizer: dói dói mãe. E é quando descobres que existe uma doença qualquer da boca mãos e pés. E que é altamente contagiosa. Surpresa mãe!

Eu sei, eu sei, se calhar um blog devia mostrar um cor de rosa intenso mas a verdade é que por aqui por casa os dias não são só essas coisas bonitas que povoam as redes sociais por esse mundo fora. Não quer dizer que não sejam felizes. São imperfeitamente felizes, com muita correria, muito pouco tempo para se arranjar, alguns gritos, muita roupa suja e momentos de exaustão. Mas mesmo assim, não os trocávamos por nenhuns outros. Nem os poderíamos, em boa consciência, tentar camuflar.

Junho, mesmo assim, estamos-te muito gratos por todos os momentos tão felizes que nos tens trazidos. Mas agora, vai com calma e diz a Julho que se porte bem, sim?

* e para convencer o mês a acabar em grande, rastejei para fora do buraco e fizemos panquecas de banana para o pequeno-almoço.

Este lado da barricada...

16.2.18

É um pensamento ao qual volto muitas vezes: era tudo tão mais fácil quando eu era filha. Tinha todas as certezas e respostas. Hoje, na maioria dos dias, tenho perguntas. Para as quais não consigo encontrar solução. Isto provavelmente acontece em momentos de viragem. Aconteceu com a chegada do Joaquim quando senti que as minhas mãos não davam conta de todos os recados. Falei desse lado B da maternidade aqui. Provavelmente aconteceu com o Manuel também, claro. Mas a chegada do Manuel foi tão assustadoramente difícil que depois de ultrapassados os... desafios (chamemos-lhe assim), tudo foram facilidades e alegrias. 
Agora, com a Isabel e com os meus braços a serem claramente curtos para as solicitações e preocupações, não consigo deixar de pensar nisto. Era tudo tão mais fácil quando eu era apenas filha e do alto da minha petulância achava que tinha as respostas todas. 
Hoje dou voltas à cabeça para encontrar, nem digo respostas, mas pelo menos possibilidades. Porque cada um dos meus filhos é único e especial. E cada um precisa de mim à sua maneira. Diferente dos irmãos. 
Preciso de acompanhar o Manuel nesta complexa descoberta das palavras escritas e dos números e das contas. Preciso de estar ao lado da Isabel nas suas noites ainda mal dormidas, na sua descoberta incessante do mundo. Pelo meio não posso descurar o Joaquim que quer sempre a atenção absoluta da mãe. Preciso pensar como o ajudar melhor nos seus problemas alérgicos e de audição. Preciso procurar médicos e ir às consultas. Preciso pensar como vou encontrar tempo para ajudar o Manuel nos trabalhos de casa com os fins de tarde de correria. Pelo meio preciso perceber como vou lidar com esta vontade da Isabel em comer sozinha e fechar a boca a tudo o que venha em colher. 
Mas há dias em que acho que isto até é o mais fácil. Em que o mais difícil parecer ser esta permanente incógnita de saber se as nossas decisões vão ter o impacto que queremos no futuro. O futuro tem tanto de belo como de assustador. Esta velocidade estonteante a que o mundo evolui, esta pressão cada vez maior sobre os miúdos. Para não falar nesta frágil imagem da felicidade que se espalha pelas redes sociais. 
Tantas vezes, depois de os deitarmos, conversamos sobre isto. Sobre as nossas preocupações. Sobre a falta que as nossas mães nos fazem. A nós e aos nossos filhos. Qualquer uma delas seria um bom contra-peso para estas nossas preocupações, não tenho dúvidas nenhumas. E eu quero acreditar que ambas tiveram dúvidas e medos como eu hoje tenho. Não me quero sentir tão sozinha. Quero acreditar que depois das dúvidas, medos e incertezas chegarei a bom porto como acho que elas chegaram. 
Foi tão mais fácil ser filha. Mas é tão bom ser mãe. Só espero conseguir fazê-lo como elas. 

*e uma fotografia da querida Carina Oliveira. Uma daquelas fotógrafas que tem sempre um brilho especial.

Dia da mãe

7.5.19

Este foi o meu sétimo dia da mãe. Não sei bem como o tempo voou e como tanto mudou desde que comecei esta caminhada. Foram eles crescendo e mudando. fui-me eu adaptando enquanto mãe, nós todos enquanto família. E o mundo entretanto foi girando e continuando também ele a mudar. 
Encontrei os posts do lado B da maternidade e o dos outros lados que entretanto descobri dois anos depois. A minha vida mudou um bocadinho. Compreendo agora quando me diziam que à medida que crescem os desafios são outros. E às vezes deixam-me sem saber bem que caminho seguir. Seria tão mais fácil se soubessemos qual o botão para ter o efeito que queremos. Fazes uma visita ao futuro para perceber se o que achamos que deve ser feito vai ter o tal resultado. Mas na verdade não faço ideia. É uma espécie de "fecha os olhos, dá o teu melhor e tem esperança que resulte". 
Como é que se estimula uma criança para aprender? Como é que se explica o que é o bem e o mal? O certo e o errado? A honestidade e lealdade? 
Acredito que é pelo exemplo. Que devemos ser o que queremos que eles vejam e venham a ser. Mas será que é isso que eles veem quando olham para nós? Às vezes tenho medo da resposta. Tenho medo que só vejam uma mãe exausta que tentar acudir a todos os fogos. 
Por isso, tentamos dar-lhes liberdade para escolher e sobretudo liberdade para pensar. 
Espero que assim consigam encontrar o seu melhor caminho e que nele, encontrem a felicidade dos dias com todos os socalcos que lhe são inerentes. 

E por tudo isto, naturalmente que no dia da Mãe, fizemos um programa para eles. Praia, mergulhos, futebol e brincadeiras na areia. Acho que no olhar deles não deve haver muito melhor que isto.

Rewind... (2)

13.11.15
Já no outro dia tinha feito um apanhado de posts mais antigos que acho que merecem uma segunda oportunidade de primeira página. Aqui vai o take 2!

Pintar camisolas// Adorei o resultado deste projecto e as pinturas aguentaram tão bem que o Joaquim também as usou, sempre em óptimo estado. Ideal para personalizarmos t-shirts básicas ou, quem sabe, para esconder alguma nódoa indesejável.
O lado B da maternidade // Foi um dos posts mais vistos e comentados do blog porque acredito que todas, num ou noutro momento, nos sentimos mais ou menos assim. E não, não somos piores por isso!
Petiscos à mesa // Não sei como é por aí mas cá por casa adoramos refeições de petiscos. Tentamos sempre fazer petiscos saudáveis e equilibrados e estas chips de batata doce com este tomate foi sucesso para todos.
Pão de abóbora // Está na altura delas e eu tento sempre aproveitar ao máximo as frutas e legumes a cada época. Este pão de abóbora com queijo mozzarela é delicioso e perfeito para acompanhar por exemplo uma refeição de legumes.
Preparar o Inverno // Adoro ver os miúdos de gorro e adoro fazer gorros quando o tempo começa a arrefecer. É o trabalho perfeito para se levar em viagem. Agulhas e um novelo e tricotar à medida que nos vai apetecendo.
Um toque especial // Adorei este projecto de dar um toque especial com tão pouco. E melhor ainda, poder usá-lo em tantas ocasiões diferentes. Já usei em sapatos, camisas e camisola.

Espero que gostem!

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